terça-feira, 2 de junho de 2009

A Responsabilidade Aceita (parte 1)

Não escrevo no mês de maio, pois para mim é um mês sagrado.
Se estivesse vivo, Weaver teria feito 17 anos no último dia 13. Gosto de passar o mês me lembrando das coisas pelas quais ele me ajudou a passar. E numa dessas lembranças me veio uma história que ele me contou, há mais ou menos três anos. A história de um cara, e de como ele descobriu uma responsabilidade que ninguém lhe disse que tinha. E essa é a história que eu vou contar, mais ou menos como ele me contou por e-mail:
"Um sujeito muito especial que eu conhecia estava num festival, desses de cidade pequena. Todo ano tinha aquela barulheira com música e bebida, que ele, pra dizer a verdade, não gostava muito. Estavam ele e mais dois amigos, entre eles um era seu primo. O outro era um velho amigo de infância. Eles andavam em meio à multidão, e conversavam a mesma conversa de sempre, quando ele viu uma conhecida sentada numa escadaria. Ela parecia sozinha e ele, então, resolveu se aproximar. Os seus amigos ficaram esperando ele voltar, enquanto ele sentava ao lado dela. De fato, estava sozinha, mas estava esperando suas amigas chegarem. Perfeitamente normal.
O cara voltou para os seus dois companheiros, e disse que faria companhia à moça por mais um tempo - até que suas amigas chegassem. Não havia nenhum mal naquilo. Eles se separaram, e lá estava ele. Quase pareceu um ser humano conversando com ela, e quase se esqueceu de que não gostava nenhum pouco daquele tipo de lugar. Ela era, no final das contas, a sua 'kriptonita', aquilo que o tornava excepcionalmente normal, uma pessoa exatamente igual a todas as outras.
Isso foi até a irmã dela aparecer.
A irmã dela o conhecia na escola, para onde ele tinha se mudado naquele ano. A irmã o chamou, e ele foi. E disse pra ele, então, que uma amiga dela estava realmente interessada nele, e que o encontraria do outro lado do parque, se ele quizesse.
Ele pensou bem, olhou para aquela moça na escadaria, e se voltou para a irmã dela. 'Estarei lá em cinco minutos.' A irmã foi embora. Ele deu uma ida até a escadaria, e disse a única frase que eu me lembro exatamente nessa história:
'Acho que você não vai me ver denovo hoje.'
Depois disso tomou seu rumo."
Amanhã eu conto como essa história termina, o que aconteceu longe daquelas escadas, e talvez tentar explicar o título dessa postagem. O que posso dizer por enquanto é que ele levou 18 minutos para chegar do outro lado daquele parque...

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