segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Na despedida eu sorri..."

Dizem que o inferno está cheio de bons conselhos e boas intenções. Quando voltar de lá, acho que poderei dar uma resposta definitiva.
Eu tenho um bom conselho: nunca confie à alguém o destino da sua felicidade. Nunca, jamais, exija de outra pessoa que olhe por alguém que ama. Não confie na imprevisibilidade. Esse mundo é previsível o suficiente para ficar cada vez pior; para atrair esforços em vão.
Apesar do que minhas palavras possam parecer, não estou com raiva. Acho que ultimamente não tenho tido tempo nem pra isso. Mais uma batalha está para terminar, e enquanto o exército inimigo está deixando a minha cidadela, eu dessa vez me debruço sobre o cálculo das perdas.
Digamos que certas batalhas também devem ser perdidas. Certos caminhos é preciso trilhar sozinho, "e as vezes é preciso realmente fazer a coisa certa, não é?".
Aprender é isso, no fim das contas. Não importa se perdemos a batalha, mas como a derrota nos influencia e como mudamos por causa dela. Perder, de uma forma tanto irônica, é vencer.
Perdi a chance de ser mais verdadeiramente humano, mas ao mesmo tempo tenho agora a oportunidade de mostrar aquilo que tenho de mais verdadeiro em mim, seja como eu for. De tudo o que passou, eu sei sozinho que nada nesse mundo vai me trazer de volta o mesmo combate, para que eu possa travá-lo denovo. Travá-lo de novo, pensando mais profundamente, não valeria à pena. As noites sozinho num terraço procurando por estrelas cadentes rodeadas de balões meteorológicos, a noite de uma festa perdida no tempo. O dia em que eu vi motivos para o mundo existir. Mas, dessa vez, na despedida eu sorri...
Eu só tenho um coração, que só me deixaram testar uma vez. Ele não passou no teste, e eu acabei devolvendo.

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