quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um pacto pela Eternidade

O dia de finados passou nesse último fim de semana, e eu nem tinha visto ele chegando. Às vezes ainda me deparo, certa frieza, com a morte.
E é engraçado como depois desse Domingo me veio à cabeça uma lembrança: há um tempo atrás - pouco mais de um ano - fiz uma pacto com alguém de sermos eternos. De não morrermos. Porque morrer é algo tão subjetivo...
Quantas pessoas nesse mundo eu conheço, mortas de coração pulsando?
Eu prometi ser eterno, e tenho feito coisas por isso. Vivo a cada dia pensando na importância que ainda é possível ter: marcar as pessoas, fazê-las pensar no que aconteceu ao redor delas, e que sozinhas jamais teriam percebido. Fazer aquilo que ninguém mais fará. A minha parte do pacto acabou sendo a mais difícil, amigo.
Ficar aqui, e zelar.
Nosso pacto pela eternidade, no final das contas, me fez entender a morte.
Eu ia caminhando, e ia lembrando...
Meu amigo já não pode mais estar entre nós. De certa forma, já deu a sua contribuição para a construção do mundo, mas ele cumpriu sua parte no pacto. E prova disso é que no mundo todo não existe, pra mim, um lugar onde eu pudesse lhe ofertar flores nesse Domingo. Ele não precisa.
Não precisa de carinho, não precisa dizer nada.
Nem de lágrimas, nem de flores.
Ele é eterno.

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