terça-feira, 2 de novembro de 2010

Os Cavaleiros da Távola Redonda

Tenho estado muito apertado nos estudos nesse último mês do período. Tranquilidade demais nos meses precedentes, de certa forma, me indicaram isso. E mais uma vez, eu me retirei do exílio para estudar um pouco sozinho. Terça-feira de Finados, então, fica sendo meu dia de voltar pra casa e tirar dúvidas.
Mas nessa segunda-feira, ocorreu que recebi um telefonema de um amigo muito querido, da época da escola, e nos reunímos, eu e mais dois, para falarmos do passado. Sentados num bar, seis anos depois, e tentados a perceber o quanto não havíamos mudado tanto assim. A maioria de nós vive na expectativa da mudança, mas talvez não querendo que ela venha.
Na terça-feira eu acordei, e aquele encontro ficou na minha cabeça. Eu me lembrei, por um breve momento, o quanto a minha visão, seis anos atrás, era limitada. Percebi que a grande bifurcação na estrada, que havia mencionado ser há cindo anos, agora está a seis, e eu ainda não a compreendi completamente; talvez porque ainda não compreendi a mim mesmo naquele tempo. Eu sempre fui uma pessoa muito difícil de entender, e isso eu admito.
Mas às vezes dá vontade de fazer tanta coisa, de retomar coisas perdidas das quais sinto tanta falta... Eu sinto falta de um monte de coisa que não vai voltar, mas queria que uma em especial voltasse, uma que o meu Tratado de Tordesilhas, que divide minha vida em duas, já havia me alertado a respeito. Mas aí eu lembro da chuva, fora da marquise onde a gente sentou, lembro daqueles dois caras com quem dividi minha vida por um tempo, e lembro de todas as dificuldades que teria de superar a princípio, e percebo o trabalho que ainda tenho pela frente. Aqui e agora talvez não sejam a hora e o lugar.
Mas aquele dia ficou pra trás e nós voltamos às nossas vidas. Estudar virou minha prioridade por um bom tempo agora, e mais tarde eu devo pensar mais um pouco nisso. Não tenho tanta pressa em aprender. Acho que, afinal, esse sempre foi o meu segredo.

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