quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Momentos de Felicidade

Tenho que admitir que foi uma semana feliz.
Fiz muita coisa além da minha rotina normal, e de certa forma isso contribuiu para que eu não ficasse tão duro, e até tenho dormido melhor. Em momentos como aqueles eu me lembrava muito brevemente daquela menina que um dia saiu para um ônibus, e se perdeu no espaço, mas não no tempo. Me lembro rapidamente de um rapaz que estava careca e me ofertou seus últimos dias me ensinando algumas coisas. Tudo muito brevemente. Enquanto eu estava feliz, esses pensamentos tentavam entrar. Eu olhava para eles, e logo esquecia. O meu entendimento, minhas lembranças e minhas lições não podem conviver com minha felicidade. Não com a felicidade pura e simples. São lembranças tão queridas, mas ao mesmo tempo tão tristes...
E a conclusão cruel é essa. Enquanto eu estiver feliz não posso ser eu mesmo, não posso pensar nas coisas que me fazem único, trazer à minha mente as idéias que geralmente me salvavam.
O que isso significa? Que não se pode esperar nada de mim enquanto estiver feliz, ou seja, minha felicidade acaba sendo, no final das contas, o que me faz fraco. Isso me explicou muita coisa do passado, e me ensinou muita coisa para o futuro.
E da próxima vez que a felicidade que essa semana me apresentou bater à minha porta, eu vou pensar duas vezes nas minhas responsabilidades, para comigo e para com os outros.
Na maioria das vezes vou atender.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Agradecimentos

Gostaria de dizer que finalmente lembrei que, dia 13 deste mês, este blog fez dois anos. E, relembrando a postagem "Direção" de um ano atrás, acredito que nesse tempo a felicidade nos encontrou algumas vezes, em breves momentos. Momentos suficientes.
Enfim, de fato nunca estive tão agradecido de ter começado tudo isso do que agora - começar algo que não se sabe quando deve acabar, que talvez seja eterno, e que não depende de mais ninguém além de você mesmo. Quando se tem uma oportunidade assim?
Hoje vou escrever rápido, porque tenho alguns projetos encaminhados que precisam da minha atenção, e queria agradecer a todos os que acompanham essa guerra e essa paz, essa mistura tão interessante nos meus dias.
A cidadela está novamente de pé, e os muros agora são um pouco mais baixos do que eram. Andei investindo nas armas.
Obrigado.

Nota.: Obrigado pelos acessos, pessoal. Na última semana fui o primeiro site nas pesquisas do Google para "Diários de Guerra e Paz". Valeu!

domingo, 17 de janeiro de 2010

No Centro do Perigo

Hoje é Domingo.
É o dia em que as famílias "invadem" a UFV, e é o dia em que eu verdadeiramente não costumo fazer nada. Também é o dia em que, aparentemente, os preparativos para mais uma formatura vão chegando ao fim. As tendas colocadas no jardim, os enfeites, e logo haverá baile e colação de grau, não necessariamente nessa ordem.
Se eu tivesse feito tudo como deveria, poderia estar me formando agora. Se eu tivesse decidido que faria tudo o mais rápido possível, se tivesse me arriscado mais, eu atravessaria aqueles portões com um diploma, ainda esse mês. E pensando melhor, se eu não tivesse atrasado um ano no meu vestibular, já teria feito isso ano passado. Se eu não tivesse escolhido 2005 como um ano de férias, eu não estaria aqui, olhando esses preparativos sendo feitos não-pra-mim. Tanta coisa passou pela minha cabeça, enquanto passava por aquele pedaço de caminho que tantas vezes eu cruzei com sono, às vezes feliz, às vezes triste, e na maioria delas fazendo aquilo que eu acreditava ser certo, que eu achava que era o melhor pra mim, ainda que não fosse para os outros.
Tanta coisa, entre uma decisão e outra, deixou de aconteceu quando eu achava que deveria, quando, depois que o tempo havia passado, pensei que deveria ter sido diferente.
E foi daí que eu tirei uma importante lição. As coisas realmente só acontecem porque e no momento em que precisam acontecer. O que eu achava que devia acontecer e não aconteceu, então, perdeu seu significado. Eu não sou feito das coisas que não aconteceram, e estou orgulhoso do caminho que eu segui, seja ele bom ou mal.
Já estive no centro do perigo, não tenho mais arrependimentos. Isso é tudo o que importa.