quarta-feira, 29 de abril de 2009

Reflexos do Outono

Estamos no meio do outono.
Essa é sem dúvida a minha estação favorita. É quando o entardecer no campus me parece mais pacífico. A grama ainda está verde, embora o inverno já esteja a caminho. Já às seis da tarde é possível ver o sol se por entre as árvores, e o azul torna-se laranja antes de cinza. Queima antes de apagar.
Já chegou a hora, pra mim, de filtrar novamente os planos - de retraçar as metas. Se tem uma coisa nesse clima que eu gosto, é que ele me inspira a refletir, não a pensar.
Pensar é encontrar os problemas, bater de frente com eles. Refletir é resolvê-los, ou no meu caso, deixar pra lá os que eu puder. A cada passo do meu dia, e a cada dia da semana, eu vinha perdendo o controle sobre mim. Essa agora é a oportunidade que eu tenho de me entender novamente comigo mesmo; é quando eu aceito o fato de que ainda sou muito covarde para tomar partido de certas coisas, e ainda tenho muito pouca coisa, pra arriscar perdê-las.
Sou rico de poucas coisas. Poucas coisas e os muitos momentos que elas proporcionam. É nisso que eu tenho me baseado para escolher o que deixar pra trás.
Quanto à minha guerra, mais uma batalha está prester a terminar, ao que parece. Agora eu não tenho certeza se eu sou feliz, com lapsos de tristeza pela guerra, ou se sou triste, com lapsos de alegria pela paz. Esse tipo de pensamento me pega de vez enquando, e tira o meu dia desse mundo. Nem sei, aliás, se realmente faz diferença... Ser feliz com intervalos tristes ou ser triste com intervalos felizes. A felicidade vem sempre pelos mesmos motivos, assim como a tristeza. A diferença ultimamente tem sido só o balanço entre as duas.
Quando a felicidade bater à minha porta denovo, só de brincadeira, é capaz de eu ficar com raiva dela só pra ver no que dá.
Talvez eu tenha medo do que eu posso descobrir.

Entardecer na UFV

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