segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Viernes

Chega um momento em que a gente percebe que nunca vai mudar aquilo que passou. O meu momento já chegou, e já se foi.
Qualquer certeza que algum dia eu tive, sobre o que teria feito diferente, só me deixou uma atmosfera de medo, que foi aos poucos se dissipando. Apesar de tudo, quem diria, o irremediável existe, e ele passa por mim todo dia, e se vai no ontem. Agora com certeza já se foi um ano, desde que o meu amor nasceu, e eu desejei matá-lo pela primeira vez. De fato, foi o sacrifício que mais valeu a pena até hoje, porque pra seguir em frente, você tem que deixar coisas pra trás.
Pra saber do que realmente você necessita, tem que deixar de ser criança.
Pra viver e ser lembrado, tem que ser mais do que um colecionador de ruínas.
Hoje eu vejo pessoas com quem eu convivi há anos, serem deixadas pra trás por aquilo que eu consegui. E meus olhos ainda vão adiante. O meu irremediável me faz lembrar que tudo o que eu fiz foi por um motivo: uns por mim, uns pelos outros - mas tudo por um motivo. Eu faço o que tenho que fazer, e todos vivem felizes para sempre.
Talvez com o tempo as pessoas aprendam o que eu sei hoje... Talvez algum dia possam compreender que, enquanto se apegarem àquilo que todo mundo pode ter, serão apenas uma em seis bilhões, apenas sombras.
Pegue o que você precisa, e siga seu caminho.
Pare de deixar seu coração chorar...

E eu tenho um recado pra uma pessoa querida:
Que bom que está de volta...
Ontem de manhã chorei de felicidade.

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