terça-feira, 11 de novembro de 2008

Essa terça...

Eu ainda não entendi qual é a das terças-feiras.
É realmente o dia em que eu fico mais folgado, e também o dia em que eu menos faço as coisas, o que consequentemente faz minha folga aumentar, e por sua vez reduz minha atividade... ainda bem que o dia só tem 24 horas, senão isso seria um ciclo infinito até eu começar a vegetar. E minha vegetação não seria tão verde.
Acho que um dos motivos pelo qual eu abomino as terças, é que ela me faz pensar. E pensar é uma coisa tão monótona... Ninguém se diverte pensando, só por pensar.
Grande mal necessário.
Pois é, eles existem realmente.
Mas voltando ao tema do post, essa terça-feira me balançou de verdade.
O curso de Física continua difícil, eu ainda não suporto multidões e ando trabalhando demais, mas dessa vez eu me perguntei o porquê.
Tudo o que eu faço, faço por um motivo, e isso já deixei bem claro.
Se me esforço pra ser alguém, em parte devo a um pacto (ver. "Um pacto pela Eternidade"), e se hoje eu não penso em mais nada, é porque ou eu simplesmente já me acostumei a viver assim, ou porque simplesmente não tenho terças-feiras suficientes.
Dessa vez, acho que tenho medo de que, quando esse exílio acabar, eu não me recorde mais de como é não ser sozinho - eu não tenha mais motivo, ou até talvez coragem, de precisar de alguém denovo. Mas ainda assim, eu durmo à noite.
Qual seria então meu caráter? Quais seriam as vantagens pra mim em continuar sendo estupidamente humano?
O nosso caráter provém do nosso senso de retidão, de nunca deixar de ser o que nos propomos a ser, ainda que isso não seja necessário. É isso o que eu sei, e é no que devo acreditar.
Eu me proponho a estar com as pessoas, ao final do exílio, ainda que isso não seja necessário.
Pelo menos até a meia-noite.

Um comentário:

desligo' disse...

ainda bem que vc consegue dormir, e as terças realmente são mais cansativas, e eu que pensava que era na segunda feira. :D