quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Grand Master

Esses dias eu fiz uma coisa que há muito tempo não fazia: joguei umas partidas de xadrez com um amigo. Eu acho que não fazia isso desde o quarto período, no longínquo 2007.


No xadrez, existe uma expressão que diz: "Vence aquele que comete o penúltimo erro."
O xadrez foi considerado, por muito tempo, o jogo que mais representava a realidade, longe dos "bancos imobiliários" e "jogos da vida". Isso porque o adversário sempre lhe apresenta resistência, por caminhos que você não reconhece de imediato, e porque o xadrez leva em conta a desigualdade. As peças não têm, no jogo, o mesmo valor. E por isso mesmo, eu vim a imaginar a minha Guerra, até o ponto em que ela se encontra, como um jogo de xadrez.
Houve a fase em que eu jogava na defensiva, e não saía do meu campo. Houve a fase da raiva, em que eu entregava todas as minhas peças em sacrifícios inúteis, e houve a fase em que eu finalmente tinha aprendido a tática para ganhar esse jogo: haja o que houver, siga a jogada que você tem em mente. Você vai perder uma peça ou outra no caminho, mas no xadrez não ganha quem tem mais peças, mas quem dá o xeque-mate; no final é tudo sobre isso. Fazer a jogada que tem em mente, aconteça o que acontecer.
E é chegada a hora de eu aceitar perder algumas peças, umas mais importantes do que outras, pra ganhar ou perder essa Guerra. É sobre isso que queria falar. É chegada a hora de executar mais uma jogada, de fazer o que treinei, aproveitando a invisibilidade: arriscar uma coisa que não sei se vai dar certo, e perder umas peças no meu time.
Hora de ter amigos ao invés de empilhá-los.

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