sábado, 19 de novembro de 2011

O Preço da Liberdade

Durante a chuva de quinta-feira, uma árvore caiu na minha rua, ou melhor dizendo, uma árvore da minha rua caiu, com isso, ficamos sem energia elétrica por quase cinco horas. Moral da história: lá vou eu pro telhado de casa pensar na vida. Quando cheguei lá, vi o estrago que a chuva tinha feito: uma bagunça sem fim, tudo espalhado e indubitavelmente sujo. As cinco horas que eu tinha pra gastar sem energia elétrica se foram na arrumação, e eu senti novamente o peso da responsabilidade com as minhas coisas.
Já se passaram cerca de quatro meses desde que estou, como minha mãe costuma dizer, abandonado aqui em Vice City, o exílio que se tornou minha casa. A vida se tornou bem mais fácil, e de certa maneira, eu sou mais livre pra fazer as coisas que sempre quis: desenhar um pouco, escrever um pouco, estudar um pouco, e isso sem depender de mais ninguém. O que importa disso tudo é que, arrumando a bagunça do meu terraço, eu percebi que muitas vezes liberdade tem tudo a ver com responsabilidade, só que a responsabilidade consigo mesmo. Todos os compromissos que assume são para tornar a sua vida melhor e a de mais ninguém.
Nesse sentido, posso afirmar que a gama de pessoas que acredito serem livres aumentou significativamente, afinal, qualquer coisa é maior que zero.
Foi assim que eu aprendi a assumir as responsabilidades certas comigo mesmo, e muito embora eu ainda tenho que me esforçar para ter a vida que eu acho que mereço, ela sempre será só minha, e isso é ser livre.

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