quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mirante

Minha mãe não gosta muito do outono. Segundo ela, o ar fica muito pesado, e até meio triste. Nesse mês de maio eu fui vê-la, depois de muito tempo, e novamente algumas coisas referentes ao "grande acontecimento" daqui a dois meses chegaram para me rondar. Mês de maio, dessa vez, eu não tirei férias tão grandes assim.
Depois de tanto tempo parado, não só com as atividades do Blogger, quanto de muitas outras, não pude deixar de temer esquecer algumas coisas. Me preocupei em esquecer como colocar, em algumas palavras, o que acontece (ou pode acontecer) comigo. E no vai e vém, principalmente nesse mês de maio, revisitei um lugar que a um tempo atrás significava muito pra mim (coisa que, aliás, tem me acontecido muito ultimamente), e na minha memória algo que estava perdido voltou, e tudo o que eu pude dizer, lá do alto, foi:
"Acho que tinha me esquecido disso."
Quando a sua mente te força a esquecer algo, pra não enlouquecer, e você segue em frente, o que te faz lembrar daquilo denovo, além dela mesma? E se lembrar que esqueceu, não é o mesmo que lembrar? Mas os tempos são outros, e aquilo que eu tinha na minha mente nunca afetou meu coração, de qualquer maneira. Com toda sinceridade, me lembrando de alguns anos atrás, e da face maravilhosa do destino que vi ali, e ali mesmo vi desaparecer, eu sorri; um sorriso honesto, que por muito tempo eu havia me negado, e a tantos anos sequer existiria.
Uma guerra começou em uma montanha, anos atrás, o sangue desceu na enxurrada, e hoje vi as árvores que nasceram no lugar.

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