sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Avenida Purdue

Se você quizer entrar na UFV, pela cidade, existem três entradas: A reta, mais famosa, a entrada alternativa, que passa pelo outro lado da lagoa, e a Avenida Purdue. Essa última quase nunca é utilizada, apenas por aqueles cujo caminho fica realmente mais rápido, o que não são muitos nesse caso.
Na última quinta-feira fiquei em casa quase o dia inteiro, e tinha um compromisso na UFV. Como não queria que ninguém me convencesse a ficar lá, fui pela Avenida Purdue. É uma rua sem prédios, entre a mata e o jardim de Botânica. No horário em que eu passei lá, não havia nem uma alma viva, ninguém que precisasse chegar ao seu caminho mais rápido. E ficar sozinho assim, enquanto ando despropositalmente por um lugar que sempre existiu ao meu alcance, mas onde nunca tive motivo para passar, me lembrou de outras coisas que estavam ao meu alcance, naquele dia, e até hoje estão, e que eu não tenho, ou não preciso, ou esteja muito acomodado pra tentar.
De acordo com algumas pessoas que eu conheço, meu futuro está agora praticamente traçado, mas isso significa trilhar exatamente aquilo para o qual a minha seta aponta, sem me preocupar com o que está ao meu alcance ou não. Como esperar o que é seu se chocar com você, bater na sua cara, sem ter que esticar o braço para ter o que quer que seja? Eu quero me esforçar pra ter alguma coisa, além daquilo que virá por eu simplesmente existir e respirar. Quero ter uma aspiração, um objetivo que além de perfeitamente plausível, esteja ao meu alcance agora, e ninguém me diz que "é só esperar".
Estou procurando agora a minha via secundária, aquilo que vai surpreender muita gente, a minha Avenida Purdue.

P.S.: Maio, como os leitores mais antigos sabem, é meu mês de férias. Então até junho!

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