quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Decisões

Acho que pouca gente conhece o poder de uma mente tranquila em tomar decisões. O que muita gente conhece é a capacidade que tem uma cabeça quente em não fazê-lo.
Sim, porque, dentre todos os maravilhosos dons que nós - seres humanos - temos, o de tomar decisões é o mais precioso, e é aquele que mostra o quanto somos burros. E não é pelo fato de tomarmos a decisão errada, mas por um argumento simples: Tomamos as decisões nos momentos errados. Somos defrontados com elas nos momentos errados. E as que realmente importam, não são fáceis.
Já me perguntaram uma vez porque não me relaciono tanto com as pessoas. É simples: eu as entendo.
Uma vez que você entende as pessoas, passa a perceber o quanto elas têm a capacidade de se ferir, e aos outros ao redor. Eu tomei minha decisão: eu tinha um motivo.
Se quiser tomar uma boa decisão, não há uma receita. Apenas alguns cuidados.
Se você souber exatamente o que te espera em cada opção, então significa que você não tem decisão nenhuma pra tomar. Sempre existe o melhor e o pior, e ninguém se decide pelo segundo.
Se a decisão envolve seguir em frente, e abandonar alguma coisa querida, o quanto essa coisa é realmente querida? Quantas vidas daria por ela? Quantas oportunidades de ser alguém realmente feliz, diferente do que é agora, você deixaria passar por isso? Quantas ruínas acha que vai colecionar assim? Muitas. Muitas...
E muitas são as vezes em que você vai decidir, e logo depois se enfiar debaixo de um cobertor com medo do resultado. Isso acontece com mais frequência do que deveria. Ou porque você ACHA que não soube decidir, ou porque espera ainda entender o que acabou de fazer.
Olhar pra trás - e isso é uma verdade fundamental - e não ver o caminho à frente, e tropeçar.
Tome as decisões fáceis antes que se tornem difíceis, muito embora só se saiba bem o que decidir quando se conhece exatamente o valor do que está em jogo - não subestimando nem super estimando. Quando se sabe exatamente quem morre e quem vive.
Quando não é você quem morre?

Nenhum comentário: