terça-feira, 19 de junho de 2012

A Ordem das Coisas

Estive conversando com uma prima minha, há alguns dias, sobre o quanto ir esquecendo determinadas pessoas torna-se um processo inteiramente natural. Não é por crueldade. Essas coisas acontecem quando, à medida que o tempo passa, o destino nos leva a seguir caminhos diferentes, seja pela distância geográfica ou mesmo pelo distanciamento de interesses que, em um tempo que já se vai, eram os mesmos.
Soube que quatro pessoas iriam se casar, mas não conheço um dos maridos. Fingi surpresa para duas delas, e as outras duas realmente me surpreenderam. A segunda noiva vivia me dizendo que um dia nós íamos decidir quem iria ter filhos e quem ia criar o mundo onde eles cresceriam. Ao que parece, para mim, coube a segunda tarefa.
E assim minha vida segue, algumas responsabilidades maiores, as responsabilidades menores de sempre, e o meio de ano me vem com uma nova esperança, uma nova conquista a celebrar: finalmente sou dono de "A Síndrome do Gênio". Meu livro será publicado logo, e corrigindo uma coisinha aqui e ali, vou dando às palavras mal escritas o toque da obra final.
Tê-lo escrito, mais do que qualquer coisa, foi fazer as pazes com alguns aspectos do meu passado, e me fez reviver momentos de que já nem me lembrava. Estou finalmente em paz com algumas decisões que tomei, e acho que isso seja a melhor coisa que já fiz por mim mesmo.
Meu caminho agora se distancia do que era, eu eu vou, aos poucos, esquecendo a pessoa que começou a escrever nesse blog. É um processo inteiramente natural.

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